Em 03/01/2018, o site Nações Unidas, emitiu nota a respeito do crescente volume de lixo eletrônico e os riscos que estes podem apresentar para o meio ambiente. Em dezembro (13) as Nações Unidas alertaram que o crescente volume de lixo eletrônico, incluindo produtos descartados com bateria ou tomada, tais como celulares, laptops, televisores, refrigeradores e brinquedos eletrônicos, representam significativa ameaça ao meio ambiente e à saúde humana.
Sobre o tema, Houlin Zhao, secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), declarou: “A proteção do meio ambiente é um dos três pilares do desenvolvimento sustentável (…). A gestão do lixo eletrônico é uma questão urgente no mundo digitalmente dependente de hoje, onde o uso de aparelhos eletrônicos está aumentando”.
Relatório “Global E-Waste Monitor 2017
De acordo com o site, o relatório “Global E-Waste Monitor 2017”, lançado por UIT, Universidade da ONU e Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA, na sigla em inglês), enfatiza os crescentes volumes de lixo eletrônico e seu descarte e tratamento impróprios por meio de queimadas ou lançamento em lixões.
Foram produzidos 44,7 milhões de toneladas métricas de resíduos eletrônicos no ano de 2016, um aumento de 8% na comparação com 2014. Segundo especialistas preveem, haverá um crescimento de mais 17%, para 52,2 milhões de toneladas métricas, até 2021.
Em 2016, apenas 20%, ou 8,9 milhões de toneladas métricas, de todo o lixo eletrônico foram reciclados.
Neste sentido, o site cita a declaração de Zhao sobre o Global E-Waste Monitor: “O Global E-Waste Monitor serve como uma fonte valiosa para governos desenvolverem suas necessárias estratégias políticas, de gestão e padronização para reduzir os efeitos adversos do lixo eletrônico para a saúde e o meio ambiente”.
53,6% dos domicílios globais possuem acesso à Internet, assim, as legislações e políticas nacionais de lixo eletrônico apresentam um grande papel em governar as ações dos atores envolvidos no tema.
Atualmente 66% da população mundial, vivendo em 67 países, está coberta por leis nacionais de gestão do lixo eletrônico. Isso demonstra um aumento significativo frente aos 44% de 2014.
As baixas taxas de reciclagem podem ter impactos econômicos negativos. Em 2016, foi estimado que o lixo eletrônico continha depósitos de ouro, prata, cobre, paládio e outros materiais recuperáveis, cujo valor total era estimado em 55 bilhões de dólares.[1]
[1] FONTE: Nações Unidas no Brasil. Lixo eletrônico representa ‘crescente risco’ ao meio ambiente e à saúde humana, diz relatório da ONU. Disponível em: < https://nacoesunidas.org/lixo-eletronico-representa-crescente-risco-ao-meio-ambiente-e-a-saude-humana-diz-relatorio-da-onu/ >. Acesso em janeiro de 2018.