A Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD tem acarretado diversos debates o Brasil, em relação a sua real necessidade e ainda mais, sobre a sua verdadeira intenção e atuação desde que entrou em vigor, em agosto de 2020.
Por Juliana Amora[1]
No artigo de hoje, falaremos sobre a importância em entender o que dispõe essa lei tão recente, mas que já é muito discutida por grande parte dos brasileiros.
Acompanhe conosco e boa leitura!
Mas, afinal, o que as pessoas pensam a respeito da LGPD?
De acordo com uma pesquisa mundial realizada com mais de 20 mil pessoas, divulgada no dia 03 de fevereiro de 2021, pela OpenText, uma organização canadense que desenvolve softwares de gerenciamento de dados, 60% dos brasileiros afirmam ter somente uma ideia breve sobre o que se trata a LGPD; 30% informam que a conhecem efetivamente; e 10% não sabem sobre o que dispõe a legislação. A amostra brasileira da pesquisa foi de duas mil respostas.
Comparando com alguns dos outros países que participaram da pesquisa, como Alemanha, Canadá, Cingapura, França, Itália, Japão, dentre outros, o Brasil está à frente somente da Itália quanto ao conhecimento da LGPD. Na Itália, aproximadamente 70% informam ter uma breve ideia sobre o assunto, ao passo que 18% dizem conhecer bem e 12% não sabem sobre o que se trata.

Por outro lado, a média internacional revela que 41% das pessoas entrevistadas estão muito conscientes a respeito do tema; 47% afirmam conhecer em parte as legislações de proteção de dados dos seus países, e 12% não a conhecem.
A ANPD e o vazamento de dados no Brasil
Segundo a investigação do site de notícias especializado em tecnologia “TheHack”, mais de 220 milhões de dados dos brasileiros foram vazados e estão sendo vendidos na deepweeb. Alguns desses dados são CPF, RG, nome completo, gênero, data de nascimento, nome dos pais, estado civil, ano de atualização dos dados, e-mail, endereço, salário, declarações de imposto de renda, poder aquisitivo, dentre muitos outros.
Além disso, os vazamentos também podem desenvolver uma preocupação maior sobre como as empresas de fato tratam os dados pessoais, afirma Roberto Regente, vice-presidente da OpenText. Na pesquisa, por exemplo, 84% afirmaram nunca ter entrado em contato com alguma empresa para saber como as suas informações e seus dados são usados. A média internacional é de 78%.
Ainda, o vice-presidente da empresa relata que: “a sociedade está em processo de aprendizado e de conscientização. Será papel também das empresas cobrar para que esse tema se popularize. A proteção de dados, para mim, é como diversidade e sustentabilidade: todos têm que abraçar. Empresas, Estado e sociedade”.
A LGPD no Brasil
Por fim, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados – ANPD, responsável por zelar pela proteção dos dados pessoais e por regulamentar e fiscalizar o cumprimento da LGPD, informou que “está apurando tecnicamente as informações sobre o incidente de segurança de dados pessoais amplamente noticiado pela mídia nos últimos dias”.[2]
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Juliana Amora | Assessoria Jurídica
[1] Juliana Amora é graduanda em Direito no Centro Universitário UNA e assessora jurídica do Departamento de Compliance Ambiental e Riscos do grupo Verde Ghaia.
[2] https://www.jota.info/jotinhas/seis-em-cada-dez-brasileiros-dizem-ter-apenas-uma-vaga-ideia-do-que-e-a-lgpd-03022021?utm_campaign=jota_info__ultimas_noticias__destaques__03022021.