Por Maria Rossi[1].
Você conhece a norma ABNT NBR ISO 31000? Ou já ouviu falar sobre o tema? Sabe do que ela trata? Nesse artigo, apresentaremos um panorama geral acerca da temática, discutindo alguns dos pontos de mais destaque desta norma.
Sabemos que empresas dos mais diversos tamanhos e setores são obrigadas a confrontar fatores externos e internos, sejam eles positivos ou negativos, possibilitando que as organizações alcancem seus objetivos com base nos chamados “riscos”.
Gestão de Risco: divisor de águas
Diante do contexto apresentado, a Gestão de Riscos aparece para auxiliar as organizações na tomada de decisões, tendo como finalidade o alcance dos objetivos almejados. Para tanto, é preciso que sejam identificadas e antecipadas, de forma devida, as mudanças cotidianas e, então, traçadas as estratégias.
A ISO 31000 trata exatamente dessa questão. É um documento que proporciona diretrizes comuns para que as empresas possam realizar sua Gestão de Risco de forma personalizada aos seus cenários.
Princípios da Norma ISO 31000
Os princípios que regem a norma são pautados na organização e no gerenciamento de seus riscos. São eles:
1. Integração:
Refere-se ao fato de a Gestão de Riscos englobar todas as atividades realizadas pela empresa.
2. Estrutura e abrangência
Para que os resultados da Gestão de Riscos sejam consistentes, faz-se necessário um tratamento estruturado e abrangente das informações.
3. Personalização
A Gestão de Riscos é personalizada e harmônica aos contextos da empresa, além de estar diretamente associada aos objetivos da mesma.
4. Inclusão
As partes interessadas devem participar da Gestão de Riscos para que suas opiniões sejam consideradas e, consequentemente, haja conscientização, visando assim, estratégias mais eficazes, bem como, mudança no comportamento de toda a organização.
5. Dinamismo
Devido ao fato, de que os fatores externos e internos, tais como, mudanças no cenário econômico internacional e nacional, aprovação de novas legislações ou até mesmo erros humanos, podem ocorrer cotidianamente, a Gestão de Riscos deve ser capaz de se adequar às mudanças, identificando e antecipando-as.
6. Fornecimento da melhor informação disponível
A Gestão de Riscos se baseia nas mais diversas informações da empresa, convém, entretanto que a comunicação dessas informações seja transmitida com clareza e estejam disponíveis e acessíveis às partes interessadas.
7. Melhoria contínua
A Gestão de Riscos deve ser vista pela organização como uma prática que deve ser atualizada e melhorada de forma contínua, isto é, à medida que as experiências e as mudanças ocorrerem, caberá a organização analisar os resultados e propor melhoria para o que foi alcançado, aperfeiçoando os procedimentos, assim como, rever o que não foi alcançado, propondo um novo planejamento e novas ações. Rever sempre os seus processos e procedimentos, fazem parte de uma Gestão eficaz.
Além disso, importante ressaltar que a norma frisa a importância de uma Diretoria ativa no processo, para que a supervisão da Gestão seja eficaz e se mantenha integrada com todos os ramos de atuação da empresa. Logo, é necessário comprometimento da liderança empresarial.
Nesse artigo, abordamos de modo mais geral a Norma ISO 31000, sem abranger com mais profundidade as questões relacionadas a prática desta na gestão das empresas. No entanto, serão abordados em posts futuros, os aspectos mais marcantes nessa norma, pois são de extrema valia e devem ser tratados de forma mais aprofundada.
Não deixe de acompanhar! E caso queriam tirar alguma dúvida sobre a norma ou quiser dar sugestões para novos artigos sobre o tema, entre em contato conosco.[
[1] Maria Rossi Horta de Almeida é estagiária no Grupo Verde Ghaia e graduanda em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos.